29 de jun. de 2012

Momento Flashback: Boney M


Boney M - Somewhere In the World

Boney M foi, a princípio, um pseudônimo criado pelo produtor alemão Frank Farian em dezembro de 1974, após gravar o single "Baby Do You Wanna Bump", que logo fez sucesso na Bélgica, na Holanda e outros países da Europa. A partir daí, Frank teve a idéia de criar um grupo de intérpretes e veio a convidar quatro integrantes: as jamaicanas Marcia Barrett e Liz Mitchell, a indiana Maizie Williams e o holandês Bobby Farrell (que se torna líder do grupo).

Com o surgimento do grupo Boney M, veio seu primeiro disco Take The Heat Off Me (com destaque para as músicas "Daddy Cool", "Sunny", além do single feito por Frank) lançado em 1976 e iniciar uma carreira de sucesso até a primeira metade da década de 1980, se tornando um dos nomes mais conhecidos da disco music européia. Álbuns como Love For Sale (de 1977) e Nightflight To Venus (de 1978, que emplacou o hit "Rivers of Babylon") tiveram altas vendagens e consagrou o grupo em todo o mundo.

Em 1981, gravou o disco Christmas Album dedicado ao Natal. Já com Ten Thousand Lightyears, sétimo álbum do grupo lançado em 1984 pra comemorar 10 anos de carreira vitoriosa e premiada, foi o primeiro trabalho do cantor ganense Reggie Tsiboe, que entrou no lugar de Bobby Farrel. Este disco passou dois anos em gravação em estúdio e trouxe uma das baladas mais conhecidas do Boney M com "Somewhere In the World".

Em 1986, seus integrantes resolvem sair do grupo, apesar das tentativas de Farian em tentar reunir a formação original. Entre 1989 e 1990 houve uma batalha judicial em disputa pelo uso do nome do grupo, de um lado pelo produtor Farian e de outro por Farrell. O veredicto do tribunal autorizou aos quatro elementos originais – as três cantoras e Bobby Farrell – a dar concertos com o nome “Boney M” e novas coletâneas foram lançadas para os fãs saudosos nos anos seguintes, embora o quarteto continuava longe dos estúdios, sem gravar novo disco e realizar shows.

Somente em 2006, o grupo volta com a formação original. Em 2010, Bobby Farrell morre na Rússia aos 61 anos de idade, mas o Boney M continua em atividade com Liz Mitchell, Maizie Williams e Marcia Barrett.

28 de jun. de 2012

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 104

O Reisado, de origem ibérica, se instalou em Sergipe no período colonial. É uma dança do período natalino em comemoração do nascimento do menino Jesus e em homenagem dos Reis Magos. Antigamente era dançado às vésperas do Dia de Reis, estendendo-se até fevereiro para o ritual do “enterro do boi”. Atualmente, o Reisado é dançado, também, em outros eventos e em qualquer época do ano.

A cantoria começa com o deslocamento do grupo para um local previamente determinado, onde é cantado “O Benedito”, em louvor a Deus, para que a brincadeira seja abençoada e autorizada. A partir daí, começam as “jornadas”. O enredo é formado pelos mais diversos motivos: amor, guerra, religião, história local, etc., apresentado em tom satírico e humorístico, originando um clima de brincadeira.

O Reisado é formado por dois cordões que disputam a simpatia da platéia e são liderados pelas personagens centrais: o “Caboclo” ou “Mateus” e a “Dona Deusa” ou “Dona do Baile”. Também se destaca a figura do “Boi”, cuja aparição representa o ponto alto da dança. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, pandeiro, zabumba, triângulo e ganzá.

O Reisado tem como característica o uso de trajes de cores fortes e chapéus ricamente enfeitados com fitas coloridas e espelhinhos.
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Fonte: Conheça Sergipe

27 de jun. de 2012

Perfil de Zé Cafofinho e Suas Correntes

Zé Cafofinho e Suas Correntes - Dança da Noite

Tiago Andrade nasceu na cidade de Recife, em Pernambuco. Iniciou sua carreira como cantor e compositor na banda Songo. Com o grupo Variant, recebeu apelido de Zé Cafofinho através de seu parceiro musical e baterista Ralpha B.

Adotando seu novo nome artístico, resolve lançar seu primeiro disco independente junto com sua banda passando a ser conhecido como Zé Cafofinho e Suas Correntes, banda formada por ele junto com Cláudio Negão (baixo), Felipe Gomes (banjo), Márcio Oliveira (trompete) e Márcio Silva (bateria) em 2006. O cd de estréia Um Pé de Meia, Outro de Fora foi lançado em 2007 já mostrando um amadurecimento de seu trabalho que já tem atuado como produtor e músico, reunindo diversos ritmos que vão desde o maracatu até samba.

Após uma boa receptividade em São Paulo e shows pelo Brasil, volta a gravar novo cd em 2009, intitulado Dança da Noite, que contou com a participação de Arnaldo Antunes, com destaque para a música "Xirley" e a faixa-título.

Em seu trabalho mais recente feito neste ano, Zé Cafofinho finalizou a trilha sonora do filme independente Épico Culinário, do artista plástico Paulo Meira e que será lançado nos cinemas independentes.

Zé Cafofinho - Xirley


Apresentação de Zé Cafofinho no programa virtual Oi Novo Som, cantando um de seus grandes sucessos.

REVELAÇÃO MPB: Zé Cafofinho


Zé Cafofinho - Nunca Mais Eu...

Cantor, compositor e instrumentista conhecido no cenário musical pernambucano, Tiago Andrade, artisticamente conhecido como Zé Cafofinho, é a Revelação MPB desta quarta-feira.

24 de jun. de 2012

Sintonia::: Especial Dominguinhos



Playlist com Top 15 com os maiores sucessos e composições de Dominguinhos.

Dominguinhos, uma carreira de sucesso

Dominguinhos - Isso Aqui Tá Bom Demais

No Rio de Janeiro desde meados da década de 1950, Dominguinhos tocou em gafieiras e na Rádio Nacional, onde ingressou em 1967, ano em que gravou seu primeiro LP e gravou mais sete LPs de forró na etiqueta Cantagalo. Na década de 1970, chegou a participar de vários espetáculos de Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Quinteto Violado e foi se tornando conhecido pelo Brasil.

Em sua carreira, gravou mais de 30 discos e compôs grandes sucessos que tornaram conhecidos tanto em sua voz como de outros intérpretes, além de firmar como grande sanfoneiro, seguindo a tradição herdada culturamente por Luiz Gonzaga.

Também foi vencedor de 4 Prêmios Sharp e do Grammy Latino que ganhou em 2002 com o CD Chegando de Mansinho. Em 2008, após lançar um cd em dueto com o violonista gaúcho Yamandu Costa, foi homenageado no Prêmio Tim de Música e, dois anos depois, ganhou o Prêmio Shell de Música. Aos 71 anos de idade, ainda mostra grande desenvoltura como instrumentista e realizando shows pelo Brasil.

Nota do blog (atualização em 09/08/2013): Em dezembro de 2012, Dominguinhos começou a apresentar sérios problemas de saúde, vindo a ser internado em Recife-PE e logo depois em São Paulo-SP. No dia 25 de julho de 2013, Dominguinhos faleceu aos 72 anos de idade devido ao câncer de pulmão e foi sepultado na capital pernambucana.

Sobre Dominguinhos

Dominguinhos - Gostoso Demais

No começo, José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, ainda apelidado Nenê, tocava pandeiro no trio de irmãos Os Três Pingüins, ao lado de Moraes (sanfona) e Valdomiro (malê, uma espécie de zabumba). O grupo mirim exibia-se nas feiras e portas de hotéis de sua cidade, Garanhuns, Pernambuco, quando foi ouvido por Luiz Gonzaga. O rei do baião, no auge, encantou-se com Dominguinhos (então com sete anos, em 1948) e prometeu apadrinhá-lo se ele viesse para o Rio, o que só aconteceria em 1954. Radicado no subúrbio de Nilópolis, o filho de mestre Chicão, tocador e afinador de sanfonas de oito baixos (como Januário, pai de Gonzaga), ganhou uma sanfona do padrinho e formou com Miudinho e Borborema o Trio Nordestino. No refluxo do baião, que saiu de moda em meados dos 60, Dominguinhos foi obrigado a aprender outros gêneros musicais para tocar em gafieiras, churrascarias e boates. Apesar disso, ainda havia mercado para o gênero, acreditava outro sanfoneiro, Pedro Sertanejo (pai de Oswaldinho).

Em 1967, ele levou Dominguinhos para gravar discos instrumentais de forró em seu selo Cantagalo, no qual ele estrearia como solista e trabalharia também como acompanhante. Já no ano seguinte, formava dupla com Anastácia, que se tornaria sua esposa e parceira em clássicos como "Eu Só Quero Um Xodó" e "Tenho Sede", êxitos na voz de Gilberto Gil, além de outros sucessos como "De Amor Eu Morrerei, "Lamento e Saudade", "Saudade Matadeira" e "Forró em Petrolina".

Como Luiz Gonzaga (que o projetou no show Volta para Curtir, em 1972), Dominguinhos deve a virada em sua carreira ao incentivo e parceria com os baianos já na fase pós-tropicalista. Gal Costa levou-o para o festival MIDEM europeu no ano seguinte, participou do show Índia da cantora e de Refazenda de Gilberto Gil. Dominguinhos atuou também com Caetano Veloso e Maria Bethânia e abriu seu leque de parcerias (mais adiante com Guadalupe, sua segunda mulher), incluindo de Fausto Nilo ("Pedras que Cantam") a Chico Buarque ("Tantas Palavras", "Xote da Navegação"). Com o também pernambucano Nando Cordel, ele fez a toada lenta "De Volta Pro Aconchego", um estouro na voz de Elba Ramalho, e o forró "Isso Aqui Tá Bom Demais", gravado em dupla com Chico Buarque. Com Gilberto Gil compôs entre outras "Abri a Porta" (sucesso do grupo A Cor do Som) e "Lamento Sertanejo".

A parceria com o poeta Manduka, "Quem Me Levará Sou Eu", ganhou o Festival da TV Tupi, em 1979, defendida por Fagner. Sua versatilidade como compositor - assinou também trilhas e temas musicais de filmes como O Cangaceiro (Aníbal Massaini Neto) e As Aventuras de um Paraíba (Marco Altberg) - equivale aos dotes torrenciais do músico.

A bordo do instrumento que o consagrou, Dominguinhos consegue ser melodioso até o lamento de dor ou incendiar um forró apinhado de dançarinos. Seu fole descende do mestre de todos Luiz Gonzaga, mas ele também é um criador com autonomia. Em sua longa discografia, ele compôs e gravou choros (Homenagem a Nazareth, Nosso Chorinho, Chorinho pra Guadalupe), além dos clássicos atemporais (A Maravilhosa Música Brasileira, 1982) e incontáveis temas para forró. Foi através de sua sanfona, aliás, que essa expressão antiga ganhou um conteúdo amplo e acabou abarcando vários estilos nordestinos (xaxado, baião, coco, quadrilha, entre outros). O célebre Forró do Dominguinhos que ele começou a praticar em shows para platéias universitárias espalhou-se pelo país e virou um gênero musical. Concedeu esta entrevista ao programa Ensaio, da TV Cultura de São Paulo em 1990, aos 49 anos.
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Ensaio de Tárik de Souza Farhat publicado em 23/08/1990. Extraído do site da SESC-SP

Dominguinhos - Sete Meninas


Em apresentação na TV Cultura, Dominguinhos interpreta "Sete Meninas", composição dele com Toinho Alves e que faz parte do disco Quem Me Levará Sou Eu?, de 1980.

Homenageado do Dia: Dominguinhos


Dominguinhos - Chameguinho

Instrumentista, cantor e compositor, Dominguinhos é um dos nomes mais respeitados da música nordestina e do Brasil. Hoje, dia de São João, ele é o Homenageado do Dia que trago pra todos conhecerem um pouco de sua vida e carreira.