9 de dez. de 2011

Momento Flashback: Century


Century - Lover Why

Century foi uma banda de rock francesa criada em 1985 na região de Marselha, sendo formada por Jean Duperron (líder e compositor), Jean-Louis Milford (compositor e teclados), Éric Traissard (guitarra), Laurent Cokelaere (baixo), Christian Portes (bateria) e John Wesley (guitarra) que saiu um ano depois sendo substituído por Jean-Dominique Sallaberry.

O primeiro LP And...Soul It Goes foi gravado em 1986 e trouxe seus primeiros sucessos como "Jane", "Gone with the Winner" e uma das baladas mais tocadas em todo o mundo - "Lover Why" - que deu projeção internacional à banda.

O segundo disco Is It Red? começou a ser gravado em 1987 e lançado no ano seguinte, durante as apresentações da Century em vários países. Embora a fase tenha sido boa para os integrantes, a carreira não chegou a durar por muito tempo, vindo a dissolver-se em 1989 quando já preparava canções para um novo trabalho.

Em 2004, Jean-Louis Milford recria a Century com novos músicos e grava novo cd duplo intitulado Timeless. No ano seguinte, em comemoração aos 20 anos da banda, é lançado uma edição especial limitada contendo os 3 discos da banda, 1 dvd com o clipe de "Lover Why" (seu maior sucesso), além da biografia e várias fotos.

8 de dez. de 2011

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 88

Os Serranos - Gineteando um Chamamé

O chamamé é um ritmo típico da Argentina originado na província de Corrientes, sendo difundido em outras cidades como Paso de Los Libres, tendo como principal divulgador o músico Ernesto Montiel. Também conhecido no Uruguai e no Brasil, onde é tocado nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e do Paraná. A origem da palavra ainda encontra divergências entre os estudiosos.

É dançado em compasso ternário, assemelhando-se à valsa, à guarânia e à polca paraguaia. Possui algumas variantes, podendo ser lento ou acelerado, e é tocado acompanhado do acordeon e dos violões como instrumentos básicos. Ao lado das milongas, é um dos ritmos mais populares do estado gaúcho, incorporando-se na sua cultura regional.

7 de dez. de 2011

Entrevista com Otto para o Vírgula Música

Segue, na íntegra, a entrevista feita com Otto para a repórter Stefanie Gaspar ao Vírgula Música, em 29/01/2010.
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Otto Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira, ou apenas Otto, começou sua carreira na ferveção do mangue beat: foi percussionista da Nação Zumbi e do Mundo Livre S/A (com a banda de Fred 04, participou da gravação dos CDs Samba Esquema Noise e Guentando a Ôia). Após o lançamento de dois álbuns bem-sucedidos (Samba Pra Burro, em 1998, e Condom Black, de 2001), o compositor amargou o fracasso da crítica com seu terceiro trabalho, Sem Gravidade, de 2003.

Seis anos depois, em formato independente, o pernambucano retornou ao disco com o elogiado Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos, apontado como um dos melhores álbuns de MPB do ano passado. O disco contou com o instrumental de Dengue (baixo), Pupilo (bateria, percussão e produção), da Nação Zumbi, e do guitarrista do Cidadão Instigado Fernando Catatau, além das participações especiais de Céu, Julieta Venegas e Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado.

Em entrevista ao Virgula Música, Otto falou sobre o processo de composição do álbum, reclamou da crítica musical e adiantou detalhes de seu próximo projeto. Leia a entrevista abaixo!

Como foi o processo de composição de seu novo álbum? Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos é uma frase do livro Metamorfose, do escritor checo Frank Kafka, não é?
Foram cinco anos ao todo para fazer esse álbum, um processo bem sofrido. Meu processo de composição busca compreender o ser humano. E a obra de Kafka se encaixa perfeitamente nessa busca. Mas não quis trazer para o público um conceito mastigado. A intenção era desdobrar essa temática e estabelecer um diálogo entre as ideias. O importante foi que eu rasguei meu peito, abri meus sentimentos para quem quiser ouvir.

O disco foi bem elogiado pela crítica, após a recepção fria a Sem Gravidade. Como foi esse período, ainda mais considerando que você ficou desde 2003 sem lançar um álbum de inéditas?
Você mencionou que o disco novo foi bem recebido pela mídia. Eu desconfio disso, e muito. Sabe por que? Porque ninguém estava falando nada! Fiquei anos sem ninguém me chamar pra festival nenhum, agora, do nada, os caras começam a falar bem de novo. Isso aconteceu porque o (jornalista americano) Larry Rother fez aquele perfil belíssimo sobre mim no New York Times. O povo daqui começou a falar bem porque não tem como fugir: o bambambã da gringa disse, tem que calar a boca. O importante nisso tudo foi o público, que jamais me abandonou.

O álbum foi lançado primeiro nos Estados Unidos, pela gravadora Nublu, e só depois chegou ao Brasil pela Arterial Music. Como foi lançá-lo na raça, sem o apoio de uma grande gravadora?
Foi dificílimo, óbvio. O dinheiro saiu todo do meu bolso, paguei tudo, e essa grana não volta. Não tinha como ter gravadora. O que acabou acontecendo foi que tive que retroceder para dar um passo a frente. Foi que nem na época de Samba Pra Burro, que gravei inteirinho sozinho e entreguei pronto pra gravadora fazer o trabalho de divulgação. É um círculo vicioso: as grandes gravadoras dificultam a vida do artista, e, para piorar o cenário, a crítica só desfavorece, destrói.

Mas a crítica vem dando muito espaço para lançamentos nacionais, como o seu, o da Céu (Vagarosa), do Cidadão Instigado (Uhuuu!)...
Tenho 41 anos e continuo ralando o dia todo com divulgação como se tivesse 18. Se comigo, que tive um CD megaelogiado, é assim, imagina com o resto da galera? Não vejo ninguém elogiando bons músicos brasileiros nem a crítica se preocupando em conhecer o que de melhor é feito por aqui. Somos uma província musical. Existe uma necessidade doentia de precisar falar inglês e se orientar pelas paradas da Billboard.

Qual foi o papel da Internet na divulgação do disco, que foi lançado de forma independente? Dessa forma, é possível driblar a crítica?
A internet é Deus, influenciou demais o processo do álbum. O Deus de hoje é digital e isso derruba a crítica, faz com que o artista consiga de fato colocar seu trabalho para todas as pessoas que se interessem em ir atrás. A Web fortalece o real, que é a música. Todo esse falatório da crítica em torno da música é blábláblá, só o que é real e importa é a música de fato.

Então não te incomoda que as pessoas baixem o álbum de graça, sem pagar direitos autorais?
O que eu quero é que as pessoas ouçam a minha música, entende? Baixem, compartilhem, mandem pra todo mundo, ouçam com os amigos, espalhem! Isso sim é vida, isso sim é música! Se quiser comprar, legal, valeu, mas e como fica o cara que não tem grana? Vai ficar sem ouvir? Vai nada! Nem deve!

Você já está trabalhando em seu próximo álbum?
Com certeza! O nome do álbum será The Moon 1111 [frase que Otto tatuou em sua mão direita]. Já decidi que quero Pupillo e Naná Vasconcelos nesse álbum, que terá de tudo um pouco: Fela Kuti, John Coltrane, baião, afrojazz, samba, Erasmo Carlos... Uma alquimia!

O que mudou no seu processo de composição durante a criação de Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos e que vai aparecer com mais força no novo álbum?
Uma coisa que eu senti durante o período de gravações é que, cada vez mais, não sinto necessidade de preparar as músicas antes, ensaiar. Tudo sai muito tranquilamente no improviso. A música está fluindo tão rápido e de maneira tão natural que não quero mais programar nada. E é nessa atmosfera que vou criar meu próximo álbum.

Você vai lançar seu álbum em São Paulo em março, em dois shows no Auditório Ibirapuera, não é? O que o público pode esperar?
Estou maravilhado em poder tocar no Auditório e tenho certeza que os shows vão ser incríveis. Prometo explodir o lugar de música, porque cada vez mais eu me sinto extasiado em tocar. Meu público é genial! Tem gente nova, gente velha, gente louca, fãs de Caetano, fãs de rock... de tudo! E eles não me decepcionam nunca!
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Fonte: Vírgula Música. 29/01/2010 17h15.

Otto - Agora Sim


Clipe oficial de Otto que canta um de seus sucessos: "Agora Sim".

REVELAÇÃO MPB: Otto


Otto - Carcará

Cantor e compositor na música brasileira, Otto Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira é o nome completo do ex-integrante das bandas Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. Simplesmente conhecido no meio artístico como Otto, vem nesta quarta ser a Revelação MPB deste blog.

4 de dez. de 2011

Sueli Costa, ontem e hoje

Sueli Costa - Jura Secreta

O reconhecimento de Sueli Costa como compositora levou a gravadora EMI a convidá-la para gravar seu primeiro disco homônimo que se deu em 1975, com produção de Gonzaguinha e arranjos de Paulo Moura e Wagner Tiso. Entre as faixas, destacam "Retrato" (música de Sueli para um poema de Cecília Meirelles), "Coração Ateu" e "Dentro de Mim Mora um Anjo".

O segundo disco também batizado Sueli Costa veio dois anos. Ainda pela mesma gravadora, a cantora ainda gravou mais três discos: Vida de Artista, de 1978; Louça Fina, de 1980, que trouxe a música "Jura Secreta" feita em parceria com Abel Silva e gravada com sucesso pela cantora Simone (detalhe que foi composta inicialmente para ser gravada por Maria Bethânia); e Íntimo, de 1984. Sueli sempre contou com a parceria de diversos amigos renomados como Aldir Blanc, Abel Silva, Tite de Lemos, Paulo César Pinheiro, entre outros.

A partir daí, ficou bom tempo sem gravar um novo trabalho, porém teve seus LPs relançados em cd na década de 1990. Retorna com um trabalho independente no ano 2000 ao lançar o cd Minha Arte, além de receber tributos agraciados por outros artistas. Em 2007, grava seu último disco Amor Blue, também independente apoiado na Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, que traz 12 composições suas interpretadas por ela e por cantores que gravaram suas canções ao longo de sua carreira como Maria Bethânia, Simone, Nana Caymmi, Celso Fonseca e Daniel Gonzaga.

Sobre Sueli Costa

Sueli Costa - Medo de Amar nº 2
A cantora Sueli Correa Costa nasceu no Rio de Janeiro em 1943 e foi criada em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais. Teve suas primeiras aulas de piano e canto com sua mãe, já que sua família era ligada à música.
Com suas irmãs Telma Costa e Lisieux Costa, formaram o grupo Trieto e passaram a apresentar-e nos festivais de música em várias cidades. Sua primeira composição foi feita aos 17 anos de idade e, posteriormente, suas canções passaram a ser gravadas por outros cantores. Ainda chegou a cursar Direito na Faculdade de Direito de Juiz de Fora, abandonando no último ano.
Sueli Costa então resolve dedicar a sua carreira de cantora e compositora. Sua canção "Por Exemplo Você", feita em parceria com João Medeiros Filho, foi gravada pela cantora Nara Leão em 1967. No ano seguinte, participa de festivais da mpb e se muda para o Rio de Janeiro em 1969.
Em 1970, Sueli participa do V Festival Internacional da Canção com a música "Encouraçado" (parceria com Tite de Lemos), que foi interpretada pelo cantor Fábio, sendo classificada em 3º lugar.

Homenageada do Dia: Sueli Costa


Sueli Costa - Retrato

Cantora, compositora e pianista, tendo feito várias canções que foram interpretadas por grandes nomes da nossa música brasileira, Sueli Costa é a Homenageada do Dia deste domingo.