11 de dez. de 2009

Momento Flashback: Nikka Costa



Nikka Costa - (Out Here) On My Own


Domenica Costa nasceu em Tokio, no Japão e criada em Los Angeles, nos EUA, sendo filha do maestro, produtor e arranjador Don Costa. Aos 5 anos, participou cantando em um especial de Natal, produzido pelo seu pai e, aos 7 anos, veio a emocionar o mundo como Nikka Costa cantando a música "(Out Here) On My Own", em uma apresentação na Itália com grande sucesso que viria, logo depois, a gravar um compactor com a música, lançando em 1981 juntamente com um LP, alcançando grandes vendagens. Outro destaque foi a música "I Believe in You".

Com 9 anos, fez dueto com Frank Sinatra, amigo de seu pai e de quem seria sua afilhada, cantando em um concerto beneficente na Casa Branca, EUA. O segundo disco Fairy Tales (Cuentos de Hadas) veio em 1983, com produção de seu pai, mas no mesmo ano, ele faleceu vítima de infarto.

Ficando seis anos sem gravar, Nikka retorna em 1989 lançando o disco Here I Am... Yes, It's Me, onde emplaca com a música "Midnight" vindo a ganhar notoriedade na Austrália, onde é premiada como "Melhor Artista Revelação". Na década de 1990 lança mais dois discos: Butterfly Rocket (com destaque para a música "Like a Feather") e Live At the Bridget.

Com mudança no visual e inovando em sua carreira e estilo de cantar (inclusive atuando como compositora), Nikka volta em 2001 com mais um disco: Everybody Got Their Something. Conhece e casa-se com o produtor Justin Stanley que ajudou na produção deste disco. Em 2005, grava o disco Can'tneverdidnothin' e, em 2008, Pebble To a Pearl.

Atualmente, a cantora mora na Austrália desde 1992 e prepara para gravar novo cd em breve.




10 de dez. de 2009

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 16

O que a Jovem Guarda tem a ver com o futebol? - Parte I

Em 1965 o movimento já estava iniciado com as bandas de guitarra acompanhando Erasmo Carlos, Os Vips, Wanderléa, Leno e Líliam, Golden Boys, Deny e Dino, Sérgio Reis, Rosemary, Kátia Cilene, Meire Pavão, Waldirene, Adriana, Silvinha, Maritza Fabiani e Roberto Carlos.

Bastou a Federação Paulista de Futebol proibir a transmissão de jogos direto pela TV para que as tardes de domingo fossem dominadas pela turma da Jovem Guarda, que já havia conquistado as paradas de sucesso. Vieram as modas dos cabelos compridos para os rapazes, calças colantes de duas cores, bocas-de-sino, cintos e botinhas coloridas, a mini-saia sempre acompanhada de botas de cano alto para as meninas.

Nas letras, nada de política, sexo, rebeldia ou drogas. Tratava-se de um movimento musical, claramente influenciado pelo "iê-iê-iê" dos Beatles, cuja expressão saiu da música "She Loves You": yeah-yeah-yeah. O Brasil estava longe de entrar na agenda das turnês dos rapazes de Liverpool. O que fazer então? Versões, adaptações e cópias gravadas em LPs e nos lendários compactos, hoje valiosas preciosidades.

Em 1966, sob o comando de Roberto Carlos, é realizado o I Festival de Conjuntos da Jovem Guarda, do qual participaram cerca de 5 mil grupos, tendo como primeiro colocado o grupo paulista Loupha, com o cover para "I Can't Let Go", dos ingleses The Hoolies e, em segundo lugar, The Cleans, um grupo gaúcho. A Jovem Guarda teve seu nome ironicamente tirado de um livro de Vladimir Lenin, o líder da Revolução Soviética, segundo consta, idéia do publicitário Carlito Maia.

Veremos na próxima semana a continuação da seção Jovem Guarda.

9 de dez. de 2009

Um pouco sobre Leo Maia

Márcio Leonardo Maia nasceu no Rio de Janeiro, sendo filho do cantor Tim Maia que dedicou uma música a ele. Leo Maia passou a interessar pela música ainda na infância acompanhando os ensaios da banda Vitória Régia, até a vim compor e cantar profissionalmente na fase adulta.

O primeiro disco de Leo saiu em 2005 com Cavalo de Jorge que reuniu 13 músicas, sendo 8 de sua própria autoria, já evidenciando a influência que receberia de Tim. Já o segundo cd veio em 2008 com Cidadão do Bem que, além de conter suas composições, também regravou sucessos de outros artistas como Caetano Veloso ("Baby"), Cassiano ("Eu Amo Você") e Raul Seixas ("Como Vovó Já Dizia"). Ambos os trabalhos, Leo mescla samba, soul, black music, reggae e rock.

O cd mais recente saiu este ano com Sopro do Dragão, com destaque para a música "Funk na Laje", de sua autoria e "Amor à Moda Antiga", com participação de Seu Jorge. Também regravou a música "Homem do Espaço", de Jorge Benjor, e "Revanche", de Hyldon.




REVELAÇÃO MPB: Léo Maia


Léo Maia - Revanche

Filho do saudoso cantor (e eterno síndico) Tim Maia, Léo Maia segue influências de seu pai ao incorporar black music e soul em suas músicas. Figurando entre os novos talentos da música brasileira, ele é a Revelação MPB que trago nesta quarta.

8 de dez. de 2009

15 anos sem Tom Jobim


Tom Jobim - Água de Beber

Eu quis amar mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor sabe um segredo
O medo pode matar o seu coração

Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará

Eu nunca fiz coisa tão certa
Entrei pra escola do perdão
A minha casa vive aberta
Abri todas as portas do coração

Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará

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Mesmo após 15 anos de sua morte, Tom Jobim continua mais influente do que nunca.

Há exatos 15 anos, a música popular brasileira perdia aquele que é tido como o seu principal representante: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. O maestro, compositor, e um dos criadores da bossa nova morreu aos 67 anos, durante uma angioplastia, em Nova York, a cidade que segundo Tom, "deveria ser conhecida de maca", para contemplar seus arranha-céus. O curioso é que o artista carioca, nascido em 25 de janeiro de 1927, no bairro da Tijuca, faleceu no mesmo dia e no mesmo local de outro ícone musical: o ex-líder dos Beatles, John Lennon. "Tom Jobim é desses gênios que o Brasil produz de 100 em 100 anos. O país e a nossa cultura devem muito a ele", destaca o músico Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro, que no ano passado homenageou durante uma temporada inteira o maestro brasileiro.

Compositor de clássicos como "Garota de Ipanema", "Wave", "Águas de Março", "Chega de Saudade", "Corcovado" e "Samba de uma Nota Só", Tom é um dos responsáveis pela criação de um dos movimentos e ritmos musicais mais importantes da nossa história: a bossa nova.

"Dois nomes são fundamentais para a bossa nova: Tom Jobim e João Gilberto. Mas, graças ao Tom, ela tem a parte harmônica, melódica, e de arranjos que tem e não alcançaria as proporções que alcançou. Ele é o centro e figura fundamental para a bossa ter se tornado o que é", opina o fundador e presidente de honra do Clube da Bossa Nova, Dickran Berberian, que também ressalta o reconhecimento internacional do maestro: "Em qualquer lugar do mundo que você vai, as pessoas conhecem Garota de Ipanema. Tom Jobim é muito mais conhecido do que Villa-Lobos, Carlos Gomes. Ele é, sem dúvida, o nosso artista de maior destaque no exterior. Sempre se ouviu Tom Jobim e sempre se ouvirá", destaca Dickran. (...)

Revolução

Para Reco do Bandolim, Tom Jobim, com sua genialidade, ajudou a promover uma revolução estética e sonora e conseguiu reunir, ao mesmo tempo, uma força e uma suavidade que transformaram a música brasileira. Reco acrescenta que a música de Tom carrega uma sofisticação delicada e que ele deu uma imensa contribuição para o entendimento do Brasil que desejamos.

"A bossa nova foi a trilha sonora de uma época de otimismo, de esperança, de um Brasil que sonhamos e gostaríamos de ter. Infelizmente, ainda não temos um país à altura da música do Tom. Mas certamente, um dia teremos", anseia Reco.

Sinfonia para Brasília

Brasília também está marcada na carreira e na vida de Antônio Carlos Jobim. Por aqui, ele passou antes mesmo da capital ser fundada. Juntamente com o parceiro de tantos clássicos Vinicius de Moraes, ele foi convidado, em 1958, pelo então presidente Juscelino Kubitschek para compor a "Sinfonia de Brasília" (ou "Sinfonia da Alvorada") para ser executada no dia da inauguração da cidade. Durante 10 dias, Tom e Vinícius ficaram hospedados no Catetinho, para sentir o clima da região onde a nova capital estava sendo erguida.

Na capa do CD de Tom Jobim havia um texto com as impressões do maestro sobre o Planalto Central: "Setembro, sertão no estio. Frio seco. Altitude aproximada: 1.200 metros. Ar transparente, céu azul profundo, primavera e pássaros se namorando. Campos gerais, chapadões dos gerais. Cerrado e estirões de mata à beira dos rios. Horizonte: 360º. No fundo do Catetinho, há um capão de árvores altas por onde passa um córrego de água boa e fria. Seguindo-se a água, sai-se num campo onde fui muitas vezes escutar o pio das perdizes. Silêncio nos campos claros batidos de sol..."

O funcionário do Catetinho Marcos dos Santos conta que foi preciso trazer um piano. Com grande dificuldade, ele foi transportado para o 2º andar da casa, para que Tom pudesse compor a famosa sinfonia. Marcos acrescenta que o lugar também inspirou o artista carioca a fazer outra famosa canção: "Água de Beber". "O Tom Jobim e o Vinicius de Moraes teriam perguntando a um funcionário da época, o Luciano Pereira, se a água que tinha no fundo do Catetinho era para beber. E ele teria respondido: é água de beber, camará. Aí surgiu a música", explica.

Aliás, a natureza sempre foi tema recorrente nas composições do maestro como o som dos pássaros, as águas, a preocupação com o meio ambiente e o futuro do planeta. Questionado alguns anos antes de morrer sobre onde gostaria de ir quando deixasse essa vida, Tom respondeu: "Quando uma árvore é cortada ela renasce em outro lugar. Quando eu morrer, quero ir para esse lugar, onde as árvores vivem em paz."
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Fonte: Ana Clara Brant, para o Correio Brasiliense (08/12/2009).

6 de dez. de 2009

Sintonia::: Especial Edu Lobo



Playlist com Top 15 com as maiores composições e interpretações de Edu Lobo.

Edu Lobo e Chico Buarque - Ciranda da Bailarina



Gravação do programa "Te lo do io il Brasile" da RAI, na tv italiana, na década de 1980. No clipe estão o italiano Beppe Grillo com Edu Lobo e Chico Buarque cantando a música "Ciranda da Bailarina".



Edu Lobo na música, tv, teatro e cinema


Edu Lobo e Maria Bethânia - Pra Dizer Adeus



De volta ao Brasil, Edu Lobo casou com a cantora Vanda Sá e prosseguiu sua carreira fazendo música para televisão (programa Caso Especial, da TV Globo entre 1974 e 1975, e Rá-Tim-Bum, da TV Cultura em 1990), espetáculos teatrais ("O Grande Circo Místico" e "Dr. Getúlio", em 1983, e "O Corsário do Rei", de Alfredo Boal, em 1985, ambos com parceria de Chico Buarque) e cinema ("O Cavalinho Azul", de Eduardo Escorel feito em 1984).

Entre seus discos de destaque, Edu reafirma parceria com Chico Buarque e grava com Tom Jobim (Tom e Edu, em 1982). Com mais de 25 discos gravados, Edu Lobo chegou a ganhar o 14° Prêmio Shell para a Música Brasileira e reafirmando seu prestígio como um dos grandes nomes da MPB contemporânea.



A Projeção Nacional de Edu

Edu Lobo, Marília Medalha e Momento 4 - Ponteio

Durante a Ditadura Militar, Edu Lobo adota uma postura mais política e social nas suas composições. Neste período surgem os festivais de música promovidos pelas TVs Excelsior e Record e o compositor inscreve algumas de suas canções que seriam defendidas por ele ou por outros intérpretes.

Assim, Edu Lobo projeta-se nacionalmente na época desses festivais, vencendo com a música "Arrastão", composta em 1965 em parceria com Vinicius de Moraes e defendida por Elis Regina. Dois anos depois vence com a música "Ponteio", que compôs com Capinam e defendida por Edu, junto com Marília Medalha e Momento 4. Entre 1969 e 1970, nos EUA, aperfeiçoou-se em orquestração, trabalhou com músicos norte-americanos e gravou discos.

Quem é Edu Lobo?


Edu Lobo - Upa, Neguinho

Eduardo de Góis Lobo, conhecido como Edu Lobo, é um cantor, compositor, violonista e arranjador nascido no Rio de Janeiro em 1943. Sendo filho do compositor, jornalista e radialista Fernando Lobo, estrou na música na década de 1960, compondo no estilo característico da bossa nova (neste período compôs a música "Só Me Fez Bem", em parceria com Vinicius de Moraes).

Logo ampliou seu trabalho com músicas de temática político-social como "Canção da Terra", "Reza", "Aleluia", todas em parceria com Rui Guerra, além de "Chegança", em parceria com Oduvaldo Viana Filho. Chegou a musicar várias peças teatrais como "Arena Contra Zumbi", de Gianfrancesco Guarnieri e Alfredo Boal, em 1965, onde saiu um de seus grandes clássicos que ficaria conhecido na voz de Jair Rodrigues e Elis Regina: "Upa, Neguinho", em parceria com Guarnieri.



Edu Lobo - Choro Bandido



Um dos grandes sucessos de Edu Lobo, em parceria com Chico Buarque, que fez parte da trilha sonora da peça teatral musical "O Corsário do Rei", em 1985.


Homenageado do Dia: Edu Lobo



Um dos grandes nomes da nossa música popular brasileira, o cantor e compositor Edu Lobo marcou seu nome nos festivais da música na tv, bem como em algumas composições de sucesso. É o Homenageado do Dia que trago neste domingo.