6 de nov. de 2009

Momento Flashback: Billy Idol


Billy Idol - Eyes Without a Face



O Inglês William Albert Michael Broad viria a se tornar mundialmente conhecido como o cantor Billy Idol como integrante do grupo punk Bromley Contingent. Depois, na década de 1970, viria a integrar em mais duas bandas: Chelsea e Generation X.

Seu reconhecimento viria em carreira solo a partir de 1980, quando se mudou para os Estados Unidos. Conheceu e fez parceria com o guitarrista Steve Stevens, com quem iria emplacar grandes sucessos nesta década como "Mony Mony" (1981), "White Wedding" (1982), "Crandle of Love" (1990), além do hit "Eyes Without a Face" (1984). Teve duas indicações ao Grammy na categoria de "Melhor Performance Masculino de Rock" em 1985 e 1987.

Se apresentou no Brasil no Rock In Rio II, onde substituiu às pressas o ex-vocalista da banda Led Zeppelin, Robert Plant. Na década de 1990, fez poucos trabalhos sem o mesmo auge da década anterior. Billy Idol possui 7 discos solo, um ao vivo e quatro coletâneas.



5 de nov. de 2009

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 11

O Rock e suas Variantes

Sabemos que o rock tem sua origem a partir do blues e nada mais é do que um conjunto de estilos musicais derivados do rock'n roll da década de 1950.

O rock'n roll é um estilo musical com predominância vocal, nascido nos Estados Unidos, do encontro da música negra (blues e rhythm and blues) com elementos tomados do folclore dos brancos (hillbilly, country and western). Das misturas oriundas desses estilos surgem algumas variantes como o rockabilly (mistura de rock com hillbilly), por exemplo.

O rock'n roll utiliza uma instrumentação onde predominam as guitarras elétricas e a bateria. Dois músicos tiveram papel fundamental em seu surgimento: Fats Domino que, com o sucesso "Ain't That a Shame" contribuiu para popularizar o rhythm and blues, e Hank Williams que criou um tipo de canção na qual a alternância estrofe-refrão narra uma história, enriquecida pelos arranjos e efeitos.

Em 1954, com o sucesso "Rock Around the Clock", Bill Haley oficializou o estilo do rock'n roll, surgindo posteriormente vários grupos e cantores. A partir daí, o rock'n roll diversificou-se no rockabilly, interpretado pelos brancos, principalmente no sul dos EUA com Elvis Presley, Rick Nelson, Gene Vincent, Jerry Lee Lewis, entre outros, e no rock and roll negro, originário do blues, com Little Richard, Chuck Berry e Bo Didley, e logo depois o estilo chega à Inglaterra.

A partir de 1962, o rock and roll tomou novo impulso com o surgimento dos Beatles e dos Rolling Stones. Buscando suas raízes e sua energia no rock'n roll da era de Elvis Presley, esse tipo de música foi chamado de "rock" na Grã-Bretanha e de "pop-music" na França.

Desde 1965 e ao longo da década de 1970, surgiram novas formas nos Estados Unidos e na Inglaterra como o jazz-rock, folk-rock, e outros. Segundo as modas e os estilos, o rock tornou-se hard (pesado) ou soft (suave), punk ou funk, sinfônico ou psicodélico, decadente ou new wave, discoteca ou reggae, e outras variantes, devido às fortes influências de outros ritmos.



4 de nov. de 2009

Ana Cañas em Entrevista na Contigo

Entrevista com Ana Cañas concedida à Clara Vanali, para a Revista Contigo, no dia 11 de agosto de 2009. Segue o teor da matéria:


Ana Cañas
é diferente de todas as cantoras que você já ouviu falar. Quando criança, ela não cantava em churrasco de família e não ouvia a coleção de vinis dos pais nos toca-discos de sua casa. Ela também não fez aula de canto e sempre teve o sonho de ser professora de teatro. Aos 22 anos tudo isso mudou. Ana descobriu o jazz, e com o ritmo, a sua própria musicalidade. Em 2007, aprendeu a tocar violão, lançou o primeiro disco independente e foi considerada uma das maiores revelações da MPB. Hoje, aos 28 anos, Ana lança o seu segundo trabalho, Hein?, com um estilo mais rock e com músicas feitas em parceria com Arnaldo Antunes. Ainda assim, o sucesso não sobe à cabeça. Moleca, a cantora não tem pressa e acredita que o tempo a deixou ainda mais centrada e, por que não, bonita.

Você descobriu o seu talento como cantora aos 22 anos, diferente de muitas que começaram a cantar desde criança. Hoje, você já é respeitada como uma grande cantora e compositora. Como lida com esse sucesso?
Na verdade não acho que existe esse supersucesso. A palavra sucesso é perigosa. Às vezes você faz sucesso porque está muito exposta, e não por estar, de fato, fazendo sucesso. Eu quero ter uma relação diferente com o público.

Você se formou em artes cênicas. Por que desistiu de atuar?
Na verdade o meu plano era ser professora de teatro. Cheguei a lecionar em São Paulo, na periferia, e tive um envolvimento muito grande com educação e arte. Mas no fundo, sempre soube que eu não tinha talento para atuar. Comecei a cantar quando descobri o jazz e me apaixonei. Cantava em todos os tipos de bares, desde os mais sujos até os mais caros. Em 2007, consegui lançar meu primeiro disco, Amor e Caos, lançado pela Sony, mas feito de maneira independente.

E como você descobriu sua voz? Você fez aula de canto ou cantava no chuveiro mesmo?
Cheguei a fazer aula, mas desisti. Eu tenho dificuldade em criar uma rotina. Quando descobri que a minha escola era durante a noite, eu caí de cabeça. Não tive uma professora, mas tenho o público. Meus amigos que tocavam violão me diziam que eu tinha musicalidade e assim fui me descobrindo. Eu não fui uma adolescente que ouviu música, meus pais não tinham amor por música, não cultivavam essa cultura dentro de casa. Mas aí, de repente, percebi que poderia desenvolver essa capacidade, fui coerente com meus sentimentos. É assim que tem que ser, se você amanhã descobrir que quer ser fotógrafa, pode ser.

A sua primeira música de sucesso foi Ana. Como foi se ouvir nas rádios?
Foi muito louco! (risos). Eu nunca imaginei que a gravadora fosse escolher a Ana como canção de trabalho. É uma delícia cantar uma música e as pessoas cantarem com você. Foi ótimo, mas hoje eu vejo que abordei o tema da Ana de maneira superficial. Mesmo assim, foi o que a minha maturidade me permitiu naquele momento. Eu quis falar da mulher, que a gente não cabe num rótulo, que somos azedas e doces, não há definição.


Você foi considerada como um dos novos talentos da MPB. Mas o seu novo CD, Hein?, tem uma pegada mais rock. Você se considera uma cantora de MPB?
Não tenho essa coisa de pertencer a um estilo, quero que a música seja boa. Ninguém permanece do mesmo jeito. Se você ouvir Beatles, vai ver que eles começaram de um jeito e terminaram de outro.

Ainda em Hein?, há algumas músicas feitas por você e pelo ex-Titã Arnaldo Antunes. Como foi o processo de compor músicas com quem você nunca tinha trabalhado?
Eu já conhecia o Arnaldo da estrada, a gente se cruzava em alguns eventos, mas não imaginava que ele faria o disco comigo. Meu produtor, o Liminha, enxergou vários pontos de conexão entre a minha música e a dele. Assim, fizemos uma noitada com vinho lá em casa e ficamos compondo na madrugada. O Arnaldo é ótimo, um gênio.

E como foi trabalhar com o Liminha? Eu li que ele a incentivou a começar a tocar guitarra e violão.
Isso mesmo, o Liminha achou que eu deveria aprender a tocar. Comprei um violão, comecei a tocar e a compor. Ainda não sei muita coisa, estou conhecendo o universo, mas se souber três ou quatros acordes, você voa.

Você assina 11 músicas neste novo CD. Quanto tempo demorou a ficar pronto?
Comecei a compor em outubro do ano passado e gravamos em março e abril deste ano. Mesmo assim muita música boa ficou de fora. E muita música ruim também, porque isso faz parte. Você não pode ter medo de compor, as canções ruins fazem parte do processo.

O clipe do seu segundo CD tem a direção do Selton Melo. Como surgiu essa possibilidade? Vocês eram amigos?
Selton e eu nos conhecemos de longa data. A ideia do CD surgiu no ano passado quando estávamos no Altas Horas. Ele me deu o CD da trilha sonora do seu filme, Feliz Natal, e eu falei no ar: ''Quero gravar um clipe dirigido por você''. E assim, tudo aconteceu. Temos uma empatia musical muito grande e o Selton faz arte de maneira muito honesta.

Os seus clipes são muito coloridos, têm um estilo próprio. Você sempre dá sugestões na produção?
No caso do Selton, eu entrei na dele, confiei nele. Eu já fui muito neurótica, queria cuidar um pouco de tudo. Mas hoje vejo que é importante mostrar do que eu gosto, mas nunca no sentido de podar.

Com o tempo, você se sente mais feliz?
Com certeza eu sou mais feliz agora. Me sinto mais bonita, mais mulher. Com a idade o corpo muda, o peito dá uma caída, tudo muda, mas o homem que procura uma Barbie não me interessa. A maturidade faz muito bem para a mulher. Tenho muito mais amigos, pessoas reais. Eu tô adorando envelhecer, e acredito que ficarei à vontade com a velhice, não me importo com isso.

Você ainda fica nervosa antes dos seus shows?
Fico muito nervosa, tenho dor de barriga (risos). Mas acho que isso é bom, dá mais adrenalina.

O que você tem vontade de fazer e não está conseguindo por falta de tempo?
Eu acho que quando a gente realmente quer uma coisa, arrumamos um tempo. Só não estou conseguindo viajar. Nunca fui para a Europa, conheço poucos lugares.

Há muitas fotos suas em que você está com um batom vermelho. Você sempre usa maquiagem?
Eu tinha muito preconceito com as ideias de beleza, inclusive com o batom vermelho. Fui uma adolescente muito menino, jogava bola e fazia judô. Mas com o tempo, percebi que há mulheres de calcinha e sutiã que não são vulgares, e mulheres supervestidas que se mostram vulgares. Não tem nada a ver se proibir de usar as coisas. Descobri o batom vermelho e não tiro mais da boca (risos). Estou gostando, me permitindo usar tudo o que tenho vontade. Quero ser feliz!
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Publicada no site da Contigo! (http://contigo.abril.com.br/). Editora Abril: 11/08/2009.



Quem é Ana Cañas?

Ana Cañas iniciou na música aos 22 anos. Embora, formada em Artes Cênicas, apaixonou-se pelo rock ao ouvir Os Mutantes, e a partir daí, passou a ter o gosto pela música.


Antes de partir para o seu primeiro disco, Ana teve um trabalho curto como atriz e participou de algumas peças musicais durante o período em que estudou na faculdade (entre elas, o espetáculo Falso Brilhante, inspirado e baseado no disco de Elis Regina).


Ao lançar o álbum Amor e Caos, em 2007, Ana incluiu sete canções autorais e três regravações para as músicas de Caetano Veloso, Jorge Mautner e Bob Dylan. Destaque para a música "A Ana", uma canção autobiográfica que possui arranjos inovadores em que mescla jazz, mpb, entre outros estilos, assim como as faixas restantes. O disco de estréia foi bem recebido pela crítica e elogiado por artistas consagrados da mpb como Chico Buarque e Paulinho da Viola.


O segundo disco Hein?, lançado neste ano, mistura mais ingredientes musicais em relação ao primeiro. Produzido por Liminha, as onze faixas inclusas no álbum são totalmente autorais, mesclando rock, pop, mpb e outros gêneros musicais, com destaque para as músicas "Na Multidão" e "Esconderijo". Também conta com participações especiais de Arnaldo Antunes, Gilberto Gil e Dadi, além do próprio Liminha.


Ana Cañas - Esconderijo




Clipe da música "Esconderijo", com direção de Selton Mello. A música faz parte do novo disco da cantora.



REVELAÇÃO MPB: Ana Cañas



Ana Cañas - Sempre Com Você

Cantora e compositora paulista, Ana Cañas possui 28 anos e já se figura entre os novos talentos da música brasileira. Com influências em Regina Spektor, Marina Lima, Nina Simone e Waly Salomão, com dois discos gravados, a cantora é a Revelação MPB de hoje.



3 de nov. de 2009

Sintonia::: Especial Belchior



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições de Belchior.

Como Nossos Pais


Elis Regina - Como Nossos Pais



Não quero lhe falar meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos.
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo que aconteceu comigo.
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa,
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida
De qualquer pessoa.

Por isso cuidado meu bem,
Há perigo na esquina
Eles venceram,
E o sinal está fechado pra nós que somos jovens.
Para abraçar meu irmão
E beijar minha menina, na rua
É que se fez o meu lábio, o meu braço e a minha voz.

Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento, o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração.

Já faz tempo eu vi você na rua,
Cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança é o quadro que dói mais.

Minha dor é perceber que apesar de termos feito
Tudo, tudo, tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Como nossos pais.

Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências, as aparências não enganam não.
Você diz que depois deles,
Não apareceu mais ninguém.

Você pode até dizer que eu estou por fora
Ou então que eu estou enganando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem.

Hoje eu sei que quem me deu a idéia
De uma nova consciência e juventude.
Está em casa guardado por Deus
Contando os seus metais.

Minha dor é perceber que apesar de termos feito
Tudo, tudo, tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Como nossos pais.
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Em fevereiro de 1976, com 30 anos, dois filhos e no segundo casamento, Elis Regina lançou o disco Falso Brilhante, resultado do enorme sucesso do espetáculo homônimo que ficou em cartaz no Teatro Bandeirantes, em São Paulo, por mais de dois anos. As músicas que abrem o LP, "Como Nossos Pais" e "Velha Roupa Colorida", foram feitas por um compositor que havia gravado apenas dois discos e passava dificuldades em São Paulo.


Entre a chegada do cearense Belchior (Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes) ao Rio de Janeiro e o registro histórico de "Como Nosso Pais" na voz de Elis, passou-se meia década. Em 1971, ele começou a despontar no meio musical ao vencer o 4° Festival Universitário da MPB com a canção "Na Hora do Almoço", interpretada por Jorge de Melo e Jorge Teles. Cinco anos depois, Belchior viveria um ano definitivo em sua vida. Seu segundo álbum, Alucinação, vendeu 30 mil cópias em um mês e rendeu-lhe mais notoriedade graças ao lançamento quatro grandes sucessos: "Apenas um Rapaz Latino-Americano", "A Palo Seco", "Velha Roupa Colorida" e "Como Nossos Pais".


As duas últimas canções chamaram a atenção de Elis e foram escolhidas para abrir o disco Falso Brilhante, que contém parte do repertório do show. A emoção dos palcos foi carregada pela cantora para o estúdio, onde ela teve de gravar o álbum em pouco mais de 24 horas, pois o espetáculo era apresentado ininterruptamente de terça a domingo.


Quando Belchior resolveu ir à casa de Elis para lhe mostrar "Como Nossos Pais", ele passava por problemas financeiros. A situação estava tão complicada que a cantora até pagou a corrida do táxi para o amigo de vasto bigode. Ela já havia gravado uma canção do compositor cearense, "Mucuripe", em 1972, feita em parceria com o conterrâneo Raimundo Fagner.


Assim que ouviu "Como Nossos Pais" pela primeira vez, Elis sabia que tinha uma “granada sem pino” nas mãos, um sucesso certeiro prestes a estourar. Dona de temperamento forte e senso crítico incisivo, ela se identificava com o desabafo irônico da letra que criticava a letargia de uma geração que andava, mas não saía do mesmo lugar. Gente que desfraldara as bandeiras libertárias e iconoclastas da geração de 68, mas que, com a chegada da maturidade, se rendia a modelos de identidade e relacionamento tão conformistas e conservadores quanto os das gerações anteriores. “Minha dor é perceber/ Que apesar de termos / Feito tudo o que fizemos/ Ainda somos os mesmos/ E vivemos/ Ainda somos os mesmos/ E vivemos/ Como os nossos pais”.


A gravação da primeira faixa do LP Falso Brilhante marca uma transição musical na carreira da intérprete. "Como Nossos Pais" assinala a aceitação e a incorporação de mais um estilo no repertório de Elis, o pop. O que não quer dizer que os arranjos – feitos pelo marido e pianista César Camargo Mariano – tenham deixado de ser brilhantes e sofisticados. Exemplo disso são as gravações posteriores de canções como "Romaria", de Renato Teixeira, e "Aprendendo a Jogar", de Guilherme Arantes.


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Fonte:
Revista Bravo - 100 Canções Essenciais da Música Popular Brasileira
Colaboração: Fabio Eça.



1 de nov. de 2009

Sintonia::: Especial Jorge Ben Jor



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições de Jorge Ben Jor.

Jorge Ben Jor - Taj Mahal


Finalizando a homenagem de hoje, outro grande clássico do repertório de Jorge Ben Jor cantando "Taj Mahal".



Jorge: De Ben a Ben Jor


Jorge Ben Jor - Charles, Anjo 45


Chegando na década de 1980, Jorge passou a fazer shows em outros países e continuando com seu sucesso. Seu prestígio no Brasil não vinha sendo o mesmo dos anos anteriores e Jorge veio a mudar o sobrenome "Ben" para "Benjor", em 1989 (as alegações para a mudança seria por conta da numerologia ou para não confundir com o cantor norte-americano George Benson) e voltou ao sucesso no ano seguinte ao lançar a música "W/Brasil (Chama o Síndico)" composta em homenagem a Tim Maia e teve grande sucesso em todo o país, com o disco Ao Vivo no Rio. Logo depois adotaria em definitivo o sobrenome "Ben Jor" que segue até hoje.

Em 1993, Jorge Ben Jor ganhou o 3° Prêmio Shell para a Música Brasileira e lançou o disco 23, recheado de sambas e funks em arranjos dançantes, sendo um dos maiores sucessos de sua carreira, tendo como destaque as músicas "Engenho de Dentro", "Princesa" e "Alcohol". Em 1997, lança o disco Músicas Para Tocar em Elevador que conta com participação de vários artistas cantando novas versões para seus sucessos. Em 2002, novamente com uma coletânea agora em versões acústicas para o álbum duplo lançado pela MTV.

Atualmente, Jorge Ben Jor ainda continua em atividade, fazendo shows pelo Brasil e pelo mundo, tendo suas músicas gravadas por vários artistas, tem seu nome marcado na nossa música popular brasileira.

O Início da Carreira de Jorge


Jorge Ben - Mas, Que Nada

Nascido na capital do Rio de Janeiro em 1940, sendo filho de pai carioca e mãe etíope, Jorge Ben, desde o início da década de 1960, passou a tocar pandeiro e violão em casas noturnas cariocas e, em uma de suas apresentações de 1963, foi descoberto por um executivo da gravadora Philips. Dois meses depois, lançaria seu primeiro compacto contendo duas músicas: "Mas, Que Nada" (que, posteriormente, viria a ser regravada por Sérgio Mendes obtendo sucesso nos EUA junto com outra composição de Jorge: "Chove Chuva") e "Por Causa de Você Menina", que tiveram sucesso imediato, obtendo boas vendagens.

Com seu estilo descontraído e balanço inconfundível que vieram a caracterizar sua música, vieram novos sucessos ainda na década de 1960, tendo seu nome reconhecido em todo o país pelas músicas "Zazueira", "Cadê Tereza?", "País Tropical", "Que Pena", "Que Maravilha", entre outros. Participou do IV Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo, defendendo sua música "Charles, Anjo 45", em 1969, que foi incluida no seu disco Jorge Ben. Em 1972, ganha o VII Festival Internacional da Canção com um de seus grandes clássicos "Fio Maravilha" (em homenagem a um ex-jogador do Flamengo), interpretado, na ocasião, pela cantora Maria Alcina e gravada posteriormente por Wilson Simonal. A música foi incluida no disco Ben que também se destacou pelos sucessos "Caramba!... Galileu da Galiléia" e "Taj Mahal".



Jorge Ben Jor - Que Maravilha



Composição de Jorge Ben e Toquinho.



Homenageado do Dia: Jorge Ben Jor


Jorge Ben Jor - Salve Simpatia / A Banda do Zé Pretinho


Sendo compositor, guitarrista e cantor, Jorge Duílio Lima Meneses sempre sonhou em ser jogador de futebol. Porém, com incentivo da família e movido pela influência musical de João Gilberto, veio a se tornar conhecido no Brasil como Jorge Ben (e mais tarde como Jorge Ben Jor), mesclando suingue, samba rock, funk, maracatu e outros estilos. Hoje trago Jorge Ben Jor como Homenageado do Dia.