26 de set. de 2009

Clipe da Semana: Maria Bethânia e Erasmo Carlos

Mais um encontro memorável e lindo da nossa MPB. Maria Bethânia e Erasmo Carlos juntos cantando um dos grandes sucessos da dupla Erasmo e Roberto: "As Canções Que Você Fez Pra Mim". É o clipe da semana pra vocês.






25 de set. de 2009

Momento Flashback: Alphaville


Alphaville - Forever Young

Alphaville é um grupo musical alemão de synthpop e new romantic que ganhou popularidade nos anos 1980. Inicialmente, o Alphaville foi composto por Marian Gold e Bernhard Lloyd. Chega Frank Mertens, que se associa à banda, em meados de 1982 e 1983. Os três, então, começam a preparação de um disco, e lançam, em 1984, Forever Young (inicialmente seria o nome da banda que logo mudou para Alphaville e seria incluida no filme Listen To Me, em 1989).

A música-título do disco passou então a ser o maior sucesso da banda, dando-lhe projeção no cenário alemão e mundial, com vendas significantes do seu novo trabalho. Do mesmo disco também sairam outros quatro grandes sucessos: "A Victory of Love", "Sounds Like a Melody", "The Jet Set", e o mega-hit "Big in Japan", um dos clássicos singles da geração 80.

No ano seguinte, o tecladista Frank Mertens sai do grupo e, em seu lugar, entra Ricky Echolette, mas fica evidente da mudança na qualidade sonora do grupo a partir daí quando grava, em 1986, o segundo álbum Afternoons in Utopia (cuja capa é a foto acima), emplacando o single "Dance With Me" que havia lançado pouco antes do lançamento do disco. Outros destaques foram as músicas "Universal Daddy", "Jerusalem" e "Red Rose", além da faixa-título.

O terceiro trabalho veio com uma coleção de seus singles - Single Collections - lançado em 1988. A banda já não tinha mais o auge dos dois primeiros discos no final da década de 1980. Marian Gold lança um disco solo e muitos já creditam o fim do Alphaville, embora tenha lançado outros discos posteriormente. Tendo mais de 10 discos em sua carreira, incluindo coletâneas, a banda mudou completamente sua sonoridade na década de 1990, mas, para muitos fãs e saudosistas, só será lembrada como a banda que marcou pelos hits "Forever Young" e "Big in Japan" (que segue o clipe a seguir). Este é o momento flashback deste dia para todos relembrarem.






24 de set. de 2009

A Música no Mundo e no Brasil - Parte 5

A Música Viva foi um grupo organizado no Rio de Janeiro, em 1939 (numa época marcada pelo nacionalismo da ditadura de Getúlio Vargas), pelo músico e professor alemão Hans J. Koellreutter (embora já haviam pessoas ligadas ao mundo musical), para a divulgação das doutrinas e da música dodecafônicas no Brasil e porque os músicos envolvidos representavam a modernidade da música na época. Porém, iniciou-se um conflito interno, pois o desejo de Koellreutter era seguir uma direção voltada à vanguarda para as suas atividades. Seus expoentes, todos discípulos de Koellreutter, foram Cláudio Santoro, Guerra Peixe, Edino Krieger e Eunice Catunda, e defenderam seus objetivos através do "Manifesto 1946", da revista Música Viva, entre 1940 e 1941 (e uma nova fase em 1947), da organização de série de concertos, audições experimentais e programas radiofônicos. Dentre esses objetivos que destacaram foram de buscar cultivar a música contemporânea de todas as tendências, considerada como a expressão da época; de promover uma educação musical ampla, revendo conceitos e posições doutrinárias; e de lutar pela liberdade e pela criação de formas novas na música brasileira.


Segundo o Manifesto 1946, a Música Viva, admitindo o nacionalismo substancial como estágio na evolução artística de um povo, combate o falso nacionalismo em música, isto é, aquele que exalta as tendências egocêntricas e individualistas que separam os homens.


Mas o grupo não veio a tomar direções de um movimento de vanguarda anti-nacionalista. Muito pelo contrário, pois defendia um novo nacionalismo: o nacionalismo de vanguarda, rompendo com as tradições que existiam.


Em 1948, esse engajamento no movimento levou vários dos seus integrantes à Europa, para cursos no Centro Internazionale di Musica Contemporanea, em Milão, na Itália, e para participar do XI Festival Internacional de Música Contemporânea da Bienal de Veneza, quando Koellreutter atuou como assistente de seu ex-professor, o regente e músico alemão Hermann Scherchen (responsável pela denominação oficial da Música Viva).


Mesmo tendo sido representado como o primeiro movimento contra o nacionalismo musical tradicional, os principais componentes da Música Viva (Santoro e Guerra Peixe) se afastaram de Koellreutter, influenciados por uma forte corrente nacionalista e passaram a usar a linguagem aleatória (Santoro) ou tentado uma síntese entre as técnicas modernas de composição e a inspiração folclórica (Guerra Peixe).


Este assunto não se esgota por aqui. Na próxima semana iniciarei uma introdução sobre a música no Brasil e a Música Viva voltará a ser tema durante as discussões que se sucederem. Até lá.


23 de set. de 2009

As Chicas - Oração


Apresentação realizada no Projeto Música no Átrio do Santander Cultural, em Porto Alegre-RS.




Quem são As Chicas?


As Chicas - Namorar

As Chicas é uma das mais promissoras bandas de MPB dos últimos anos, tendo surgida na década de 1990, a partir de uma peça de teatro denominada Fullanas. Em seguida, elas foram convidadas para tocar na inauguração de um espaço cultural no Rio de Janeiro, realizando vários shows em dois anos até acabar.

Durante os quatro anos em que estiveram separadas, elas chegaram a cantar em duplas ou sozinhas. Em 2003, as Chicas se juntaram novamente e participaram do Festival Aroma do Campo de Música Brasileira, no Garden Hall, Rio de Janeiro, ficando em primeiro lugar na categoria inédita com a música “Ter que esperar”, de Paula Leal.

O grupo canta
e toca música brasileira, sem se prender a rotulações e mescla MPB com pop, rock, soul, entre outros. Mesmo tendo alguns anos de carreira, seu primeiro cd só veio em 2006 com "Quem Vai Comprar Nosso Barulho?", pela Som Livre, sendo produzido pelo próprio grupo e Igor Eça, que participou em algumas músicas. No ano seguinte, ganhou o Prêmio Tim de Música na categoria de "Melhor Grupo de MPB".

Dentre as músicas contidas no álbum destaca-se “Oração” e “O Que Eu Não Sou”. Há trabalhos de Gonzaguinha como “Felicidade”, “Geraldinhos e Arquibaldos” e “Namorar”, além de sucessos de outros artistas como O Rappa (em “Me deixa”), Lenine (em “Paciência”), Arnaldo Antunes (em “Volte Para o Seu Lar”), entre outras.



As Chicas - Me Deixa




REVELAÇÃO DA MPB: As Chicas


As Chicas - Geraldinos e Arquibaldos


Um quarteto incrível com vozes belíssimas e arranjos muito bons. Tendo composições próprias e releituras sem que dispensam comentários, essas meninas vêm renovando e mostrando a nova cara da mpb. Elas são As Chicas. Composto por Isadora Medella, Paula Leal e as irmãs Fernanda Gonzaga e Amora Pêra (filhas de Gonzaguinha).

Nesta quarta, elas vêm para mostrar a todos porque firmaram como uma das grandes revelações da música popular brasileira.

22 de set. de 2009

Clube da Esquina



Movimento mineiro surgido na década de 1960, fortemente influenciado pelas músicas dos Beatles, alguns músicos buscavam atingir seus sonhos ligados à música. O início de tudo se deu em 1963 quando Milton Nascimento, morando em Belo Horizonte, conheceu um grupo de irmãos e criou um laço de amizade entre eles: Lô Borges, Márcio Borges e Marilton Borges, além de outros irmãos (12 ao total).

As primeiras composições partiram da parceria entre Milton e Marilton no ano seguinte. Lô Borges tomava aulas de música com o guitarrista Toninho Horta e era amigo de Beto Guedes (filho de Godofredo Borges) e as reuniões entre eles viriam a ser batizadas no futuro como Clube da Esquina, na esquina da Rua Divinópolis com a Rua Paraisópolis, no bairro de Santa Teresa em Belo Horizonte e ganhando novos adeptos como Flavio Venturini (que mais tarde integraria os grupos 14 Bis e O Terço), Tavinho Moura, Fernando Brant, entre outros. A década de 1960 marcaria o estrelato de Milton nos festivais de música brasileira realizados pelas TVs Record e Excelsior, além de algumas de suas composições serem reconhecidas pelo público como "Travessia" e outras gravadas pela cantora Elis Regina. Tudo isso num momento político marcado pela Ditadura Militar que se instalou no Brasil a partir de 1964.

O primeiro disco do movimento só sairia em 1972, pela gravadora EMI, intitulado Clube da Esquina, com colaboração do letrista Ronaldo Bastos e de Wagner Tiso, onde os músicos mesclavam bossa nova, Beatles, toadas, congadas, choro, jazz, folias de reis e rock progressivo, tudo reunido numa música original, de forte apelo universal e grande força poética. Músicas como "O Trem Azul", "Nada Será Como Antes", "Cais" além da faixa-título "Clube da Esquina" ganhariam destaque na música popular brasileira.

Para maiores informações sobre o movimento, bem como seus componentes e sua história, segue um link do Museu Clube da Esquina. É de grande valia para os admiradores e curiosos que desejam conhecer o trabalho deste movimento:
http://www.museudapessoa.net/clube/

21 de set. de 2009

As Rosas Não Falam


Cartola - As Rosas Não Falam


Vendo o jardim de sua pequena casa no morro da Mangueira cheio de rosas pela primeira vez, Eusébia Silva do Nascimento, a dona Zica, não conseguiu conter a surpresa e chamou o marido: “Cartola, vem ver! Por que é que nasceu tanta rosa assim?”. A resposta foi simples: “Não sei, Zica. As rosas não falam...”. Estava criada a idéia para aquela que se tornaria a música mais famosa de Agenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980), que contém estes famosos versos: “Queixo-me às rosas/ Mas que bobagem/ As rosas não falam/ Simplesmente as rosas exalam/ O perfume que roubam de ti”.

Cartola tinha só o terceiro ano primário e fez de tudo um pouco em seus 72 anos de vida, sem nunca ter deixado o violão. Foi pintor de paredes, lavador de carros, estivador, camelô, gráfico, vigia e pedreiro. Desta última, uma de suas primeiras profissões, herdou o apelido com o qual ficaria conhecido na música por usar um chapéu-coco para se proteger do pó de cimento nas construções onde trabalhava.

Mesmo reverenciado por nomes como Villa-Lobos e Carlos Drummond de Andrade, e cantado por Francisco Alves, Carmen Miranda e Elis Regina, Cartola só conseguiu realizar o sonho de gravar o próprio disco às vésperas de seu aniversário de 66 anos. "Mesmo depois da gravação, eu não acreditava. Precisei ter o disco na mão. Precisei ver ele sendo vendido nas lojas para acreditar. E me senti muito emocionado quando ouvi minha voz no disco. Eu já tinha até pensado que ia morrer sem gravar", confidenciou em 1974, ano do lançamento do LP Cartola pela gravadora Marcus Pereira.

"As Rosas não Falam" só apareceria dois anos depois, no segundo disco de Cartola, que trazia na capa uma foto dele e dona Zica na janela de casa. Ele com óculos escuros que cobriam quase todo o rosto, e ela com um lenço verde e rosa na cabeça. No álbum, Cartola estava acompanhado de alguns dos melhores músicos de sua época, entre os quais o cavaquinista Canhoto e o flautista Altamiro Carrilho. O disco teve produção impecável do jornalista e escritor Juarez Barroso.

O sucesso foi imediato. "As Rosas não Falam" virou trilha de novela da Rede Globo. Os jornais incensaram a genialidade das composições de Cartola, que tinha criado pelo menos duas músicas definitivas na história da canção brasileira. Além de As Rosas..., O Mundo É Um Moinho. “A audição de As Rosas não Falam deixou-me absolutamente sem condições [de analisar objetivamente o LP de 1976], Sinto-me totalmente embriagado com o perfume que exala a arte de Cartola”, disse o crítico Ary Vasconcelos, que escrevia para o jornal Última Hora.
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Fonte: Revista Bravo - 100 Canções Essenciais da Música Popular Brasileira
Colaboração: Fabio Eça.


20 de set. de 2009

Sintonia::: Especial Lenine



Playlist com Top 15 contendo as maiores composições e sucessos de Lenine.

Lenine indicado ao Grammy Latino

Lenine - Martelo Bigorna

Mais uma vez Lenine foi indicado ao Grammy Latino, agora na categoria "Melhor Canção Brasileira" com a música "Martelo Bigorna" (do disco Labiata e trilha da novela global Caminho das Índias). A realização da cerimônia será no dia 05 de novembro, em Las Vegas, EUA, com transmissão pela TV Bandeirantes.

Lenine - Paciência




Lenine, Sua Carreira e Seus Discos

Lenine - Virou Areia

Diante das dificuldades em tentar seguir seu caminho para a música em Pernambuco, seu estado natal, Lenine foi para o Rio de Janeiro no final da década de 1970 aos 18 anos.

Mesclando estilos influenciados pelo rock, música regional e samba, foi buscando sua identidade musical aos poucos, junto com os amigos e novos parceiros musicais para seus futuros discos. Após o lançamento de dois compactos (1981 e 1983), seu primeiro álbum saiu pela Polygram, em 1983, com Baque Solto, ao lado de Lula Queiroga, onde incluiu seu primeiro sucesso que apresentou no Festival MPB, da TV Globo, em 1981: "Prova de Fogo".

Participa, em 1989, do Festival VII FAMPOP (Feira Avareense de Música Popular), em Avaré, estado de São Paulo, onde apresentou sua composição "Samba do Quilombo". Em 1990, classifica-se em terceiro lugar no mesmo festival com a música "Virou Areia", sendo posteriormente regravada pelo grupo MPB-4.

Depois de um grande intervalo nas gravações, o segundo disco só saiu em 1993 com Olho de Peixe, ao lado do percussionista carioca Marcos Suzano e é considerado pelo cantor como seu melhor disco, sendo bem recebido no Japão figurando-se entre os mais vendidos, com destaque para as músicas "Olho de Peixe" (de autoria própria), "Miragem do Porto" e "O Último Pôr-do-Sol". Mais uma pausa nas gravações, o terceiro disco saiu em 1997 com O Dia Em Que Faremos Contato, já tendo seu nome despertando atenção do público e da crítica, além de ter suas composições gravadas por outros artistas como Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Zizi Possi, entre outros, tornando seu trabalho conhecido. No ano seguinte ganhou o Prêmio Sharp na categoria de "Melhor Música" com "A Ponte" (em parceria com Lula Queiroga).

O quarto disco Na Pressão ganhou o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria de "Melhor Álbum de Música Popular" dando maior visibilidade ao cantor e compositor Lenine devido aos grandes sucessos deste disco: "Jack Soul Brasileiro" (regravada pela cantora Fernanda Abreu), "Meu Amanhã", "Na Pressão", "A Medida da Paixão" e "Paciência".

Depois disso, fez participações em diversos discos de outros artistas e em shows pelo Brasil e outros países com devido reconhecimento, como ocorreu na França no Festival PercPan (Panorama Percussivo Mundial), em 2000, sendo eleito como a "nova voz de Recife", pelo jornal francês Liberátion. No mesmo ano, Lenine foi diretor musical do espetáculo Cambaio com músicas de Edu Lobo e Chico Buarque (que transformou-se em cd no ano seguinte), além da direção musical do filme Caramuru - A Invenção do Brasil, dirigido por Guel Arraes e Jorge Furtado.

Em 2002, lança mais um novo disco - Falange Canibal - com participação do guitarrista Roberto Frejat e ganha o Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum Pop Contemporâneo". Algumas faixas deste disco foram regravadas por outros artistas como Maria Bethânia ("Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu"), Maria Rita e Elba Ramalho ("Lavadeira do Rio").

Em 2004, em mais uma turnê pela França, participa do evento Carte Blanche, em Paris. Contando com a participação da baixista cubana Yusa e do percussionista Ramiro Musotto, Lenine lança o cd e dvd Lenine InCité, gravado na capital francesa e ganha mais dois prêmios Grammy Latino nas categorias "Melhor CD de Música Contemporânea" e "Melhor Canção" com a música "Ninguém Faz Idéia". Ainda no mesmo ano, o cantor ganha quatro Prêmios TIM (Melhor CD, Melhor Música, Melhor Cantor e Melhor Cantor Voto Popular).

No ano seguinte, produz o disco Segundo, de Maria Rita, e De Uns Tempos Pra Cá, de Chico César. Em 2006, grava o disco acústico pela MTV com releitura de seus grandes sucessos e novamente premiado com Grammy Latino na categoria "Melhor CD Pop Contemporâneo".

Em 2008, após produzir novo disco de Pedro Luis e a Parede, lança seu sexto álbum de sua carreira: Labiata.

Hoje o cantor ganhou notoriedade nacional e internacionalmente, sendo considerado um dos grandes renovadores da música popular brasileira.



Lenine - Jack Soul Brasileiro




Lenine: Homenageado do Dia


Lenine - Hoje Eu Quero Sair Só

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel nasceu em Recife, estado de Pernambuco. Influenciado pelos mineiros do Clube da Esquina, Gilberto Gil, entre outros, o cantor, compositor e produtor Lenine, que completou 50 anos no dia 02 de fevereiro deste ano, é o homenageado deste dia.